Por que falar da infância hoje? Em que medida o infantil interessa? Qual a relação do infantil com a narrativa, com a ficção, com a memória, o tempo e a utopia? A partir de tais questões, Utopia do infantil em Georges Perec e a infância na psicanálise propõe o infantil como um operador utópico presente na obra de Georges Perec e, assim, marca a potência do infantil ao pensarmos a linguagem e a memória em Psicanálise. Ao abordar o tema da infância a partir da literatura, principalmente com o livro W ou a memória da infância (1975), de Georges Perec, produz invenção. Georges Perec, à medida que apresenta sua narrativa num movimento de construção/desconstrução da história, um devir a partir do esquecimento, da ausência de memória, mas também de fotografias e histórias, desconstruídas pela ficção, produz abertura e diversidade, faz laço num caminho que constrói um fio do singular com o coletivo. O infantil põe em movimento passado, presente e futuro, transgride o tempo, pois coloca o sujeito num constante devir. Se um dia era, é a possibilidade do agora que poderá ser. Parece que o infantil funciona como um operador do tempo, colocando a memória da infância como um lugar impossível de retornar. Por isso necessitamos narrar. E a utopia do infantil está na ânsia por saber, põe em movimento a construção do mundo pela via do desejo, justamente porque a questão do infantil ultrapassa a infância.
Informações sobre o Livro
Título do livro : UTOPIA DO INFANTIL EM GEORGES PEREC E A INFANCIA NA PSICANALISE
Autor : Inajara Erthal Amaral
Idioma : Português
Editora do livro : Appris
Edição do livro : 1
Capa do livro : Mole
Ano de publicação : 2024
Quantidade de páginas : 178
Gênero do livro : Filosofia e psicologia
Tipo de narração : Conto
Coleção do livro : Letras
Data de publicação : 19-06-2024
Peso : 128 g
Altura : 30 cm
Largura : 23 cm