O que há em comum entre o Jim Morrison que rasteja no palco feito um réptil, dança como um deus dionisíaco e o que está quieto, contemplativo, perdido entre os holofotes? O que há em comum entre o vocalista de uma banda de rock, belo, jovem, barbeado, de calça de couro apertada e o poeta, não menos belo, aparentemente “velho”, barbudo, de roupa largada? Conhecer Jim Morrison é se perder nos labirintos, feitos de caminhos tortuosos de rochas, areias áridas do deserto e florestas misteriosas. É vagar por terrenos movediços entre os reinos do mundo visível e invisível, que aparentemente pode parecer habitável e convidativo. Desvendar sua poesia é desvendar a mente. Com sorte e empenho poderemos chegar até a sua ilha e captar a mente universal. Explorá-la está longe de ser uma tarefa definitiva. As portas da percepção foram abertas. O caminho – repleto de anjos, marinheiros, viajantes, caçadores, deuses das florestas – é árduo. A chegada é incerta. O fim estava próximo. Morrison estava preparado para assumir riscos e experimentar tudo, custe o que custar. Extraordinariamente corajoso, combatia os medos enfrentando-os. Era místico, misterioso, culto. Conhecia a fundo literatura, filosofia e arte. E foi no palco que experimentou tudo o que leu, ouviu e sentiu. Invocava Dionísio, Antonin Artaud, Rimbaud e os indígenas xamãs. Utilizava recursos cênicos, como o grito, os trejeitos corporais e a simulação da queda. Dessa imersão de arquétipos construiu sua imagem. Em pouco tempo arruinou tudo, rompeu com tudo, cansou-se de tudo. É preciso uma conexão com o universo interior para entender os sinais que emitia. Seus poemas carregam uma variedade sensorial de elementos simbólicos recorrentes: florestas, répteis, desertos, rios, estradas, reinos distantes, mulheres e crianças indígenas, além de invocações às divindades das civilizações antigas e às entidades xamânicas. As portas da percepção deram passagem a muita gente. Abriram caminhos. Mas estavam se fechando. Lentamente estavam se fechando para sempre.
Informações sobre o Livro
Idioma : Português
Editora do livro : PASAVENTO
Autor : Não Informado
Título do livro : Jim Morrison – O Divino Escárnio
Data de publicação : 10-09-2025
Gênero do livro : Ficção
Peso : 200 g
Quantidade de páginas : 128
Ano de publicação : 2025
Altura : 30 cm
Largura : 23 cm

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